Arquivo da categoria ‘FORMAÇÃO’

História da EJA no Brasil (por Rosa Porcaro)

Publicado: quarta-feira, 21 setembro 2011, 22:08:50 em FORMAÇÃO

Acesse : http://www.dpe.ufv.br/nead/docs/ejaBrasil.doc

Rosa Porcaro (UFV)

A história da educação de jovens e adultos no Brasil é muito recente. Embora venha se dando desde o período do Brasil Colônia, de uma forma mais assistemática, as iniciativas governamentais no sentido de oferecer educação para os jovens e adultos são recentes. No Brasil Colônia, a referência à população adulta era apenas de educação para a doutrinação religiosa, abrangendo um caráter muito mais religioso que educacional. Nessa época, pode-se constatar uma fragilidade da educação, por não ser esta responsável pela produtividade, o que acabava por acarretar descaso por parte dos dirigentes do país (CUNHA, 1999). No Brasil Império, começaram a acontecer algumas reformas educacionais e estas preconizavam a necessidade  do ensino noturno para adultos analfabetos. Em 1876, foi feito então, um relatório, pelo ministro José Bento da Cunha Figueiredo, apontando a existência de 200 mil alunos freqüentes às aulas noturnas. Durante muito tempo, portanto, as escolas  noturnas  eram a única  forma de educação  de  adultos  praticada  no país. Segundo CUNHA (1999), com o desenvolvimento industrial, no início do século XX, inicia-se um processo lento, mas crescente, de valorização da educação de adultos. Porém, essa preocupação trazia pontos de vista diferentes em relação à educação de adultos, quais sejam: a valorização do domínio da língua falada e escrita, visando o domínio das técnicas de produção; a aquisição da leitura e da escrita como instrumento da ascensão social; a alfabetização de adultos vista como meio de progresso do país; a valorização da alfabetização de adultos para ampliação da base de votos.

A partir de 1940, começou-se a detectar altos índices de analfabetismo no país, o que acarretou … [see more]

Formação EJA 1º Segmento / Parceria TeleSol – Agosto 2011

Publicado: segunda-feira, 29 agosto 2011, 14:25:31 em FORMAÇÃO, SME, TELESOL

A frutífera parceria entre a Prefeitura Municipal de Itabira (por meio da SME), a Vale e a Associação AlfaSol (SP), que deu origem ao programa TeleSol na cidade, realizará nesta semana mais uma Formação de suas Educadoras. Os encontros ocorrerá n o Colégio M.P. Didi Andrade a noite, entre os dias 29 a 31 de agosto de 2011.

Nos momentos da Formação também são separados tempos para debate e discussão do andamento tanto do programa quanto da modalidade EJA nas escolas.

Sobre o óbvio – (ótimo texto de Darcy Ribeiro)

Publicado: terça-feira, 02 agosto 2011, 00:06:32 em FORMAÇÃO

Texto para reflexão, nestes dias tão conturbados e óbvios.

*A opinião expressa por Darcy a respeito dos analfabetos também deve ser discutida.

boa leitura!

 Sobre o óbvio *

      Darcy Ribeiro

 Nosso tema é o óbvio. Acho mesmo que os cientistas trabalham é com o óbvio. O negócio deles – nosso negócio – é lidar com o óbvio. Aparentemente, Deus é muito treteiro, faz as coisas de forma tão recôndita e disfarçada que se precisa desta categoria de gente – os cientistas – para ir tirando os véus, desvendando, a fim de revelar a obviedade do óbvio. O ruim deste procedimento é que parece um jogo sem fim. De fato, só conseguimos desmascarar uma obviedade para descobrir outras, mais óbvias ainda.

      Para começar, antes de entrar na obviedade educacional – que é nosso tema – vejamos algumas outras obviedades. É óbvio, por exemplo, que todo santo dia o sol nasce, se levanta, dá sua volta pelo céu, e se põe. Sabemos hoje muito bem que isto não é verdade. Mas foi preciso muita astúcia e gana para mostrar que a aurora e o crepúsculo são tretas de Deus. Não é assim? Gerações de sábios passaram por sacrifícios, recordados por todos, porque disseram que Deus estava nos enganando com aquele espetáculo diário. Demonstrar que a coisa não era como parecia, além de muito difícil, foi penoso, todos sabemos.

      Outra obviedade, tão óbvia quanto esta ou mais óbvia ainda, é que os pobres vivem dos ricos. Está na cara? Sem os ricos o que é que seria dos pobres? Quem é que poderia fazer uma caridade? Me dá um empreguinho aí! Seria impossível arranjar qualquer ajuda. Me dá um dinheirinho aí! Sem rico o mundo estaria incompleto, os pobres estariam perdidos. Mas vieram uns Barbados dizendo que não, e atrapalharam tudo. Tiraram aquela obviedade e puseram outra oposta no lugar. Aliás, uma obviedade subversiva.

      Uma terceira obviedade que vocês conhecem bem, por ser patente, é que os negros são inferiores aos brancos. Basta olhar! Eles fazem um esforço danado para ganhar a vida, mas não ascendem como a gente. Sua situação é de uma inferioridade social e cultural tão visível, tão evidente, que é óbvia. Pois não é assim, dizem os cientistas. Não é assim, não. É diferente! Os negros foram inferiorizados. Foram e continuam sendo postos nessa posição de inferioridade por tais e quais razões históricas. Razões que nada têm a ver com suas capacidades e aptidões inatas mas, sim, tendo que ver com certos interesses muito concretos.

      A quarta obviedade, mais difícil de admitir – e eu falei das anteriores para vocês se acostumarem com a idéia – a quarta obviedade, é a obviedade doída de que nós, brasileiros, somos um povo de segunda classe, um povo inferior, chinfrin, vagabundo. Mas tá na cara! Basta olhar! Somos 100 anos mais velhos que os estadunidenses, e estamos com meio século de atraso com relação a eles. A verdade, todos sabemos, é que a colonização da América no Norte começou 100 anos depois da nossa, mas eles hoje estão muito adiante. Nós, atrás, trotando na história, trotando na vida. Um negócio horrível, não é? Durante anos, essa obviedade que foi e continua sendo óbvia para muita gente nos amargurou. Mas não conseguíamos fugir dela, ainda não.

      A própria ciência, por longo tempo, parecia existir somente para sustentar essa obviedade. A Antropologia, minha ciência, por exemplo, por demasiado tempo não foi mais do que uma doutrina racista, sobre a superioridade do homem branco, europeu e cristão, a destinação civilizatória que pesava sobre seus ombros como um encargo histórico e sagrado. Nem foi menos do que um continuado esforço de erudição para comprovar e demonstrar que a mistura racial, a mestiçagem, conduzida a um produto híbrido inferior, produzindo uma espécie de gente-mula, atrasada e incapaz de promover o progresso. Os antropólogos, coitados, por mais de um século estiveram muito preocupados com isso, e nós, brasileiros, comemos e bebemos essas tolices deles durante décadas, como a melhor ciência do mundo. O próprio Euclides da Cunha não podia dormir porque dizia que o Brasil ou progredia ou desaparecia, mas perguntava: como progredir, com este povo de segunda classe? Dom Pedro II, imperador dos mulatos brasileiros, sofria demais nas conversas com seu amigo e afilhado Gobineau, embaixador da França no Brasil, teórico europeu competentíssimo da inferioridade dos pretos e mestiços.

      O mais grave, porém, é que além de ser um povo mestiço – e, portanto, inferior e inapto para o progresso – nós somos também um povo tropical. E tropical não dá! Civilização nos trópicos, não dá! Tropical, é demais. Mas isto não é tudo. Além de mestiços e tropical, outra razão de nossa inferioridade evidente – demonstrada pelo desempenho histórico medíocre dos brasileiros – além dessas razões, havia a de sermos católicos, de um catolicismo barroco, não é? Um negócio atrasado, extravagante, de rezar em latim e confessar em português.

      Pois além disso tudo a nos puxar para trás, havia outras forças, ainda piores, entre elas, a nossa ancestralidade portuguesa. Estão vendo que falta de sorte? Em lugar de avós ingleses, holandeses, gente boa, logo portugueses… Lusitanos! Está na cara que este país não podia ir para frente, que este povo não prestava mesmo, que esta nação estava mesmo condenada: mestiços, tropicais, católicos e lusitanos é dose para elefante.

      Bom, estas são as obviedades com que convivemos alegre ou sofridamente por muito tempo. Nos últimos anos, porém, descobrimos meio assombrados – descoberta que só se generalizou aí pelos anos 50, mais ou menos – descobrimos realmente ou começamos a atuar como quem sabe, afinal, que aquela óbvia inferioridade racial inata, climático-telúrica, asnal-lusitana e católico-barroca do brasileiro, era como a treta diária do sol que todo dia faz de conta que nasce e se põe. Havíamos descoberto, com mais susto do que alegria, que à luz das novas ciências, nenhuma daquelas teses se mantinha de pé. Desde então, tornando-se impossível, a partir delas, explicar confortavelmente todo o nosso atraso, atribuindo-o ao povo, saímos em busca de outros fatores ou culpas que fossem as causas do nosso fraco desempenho neste mundo.

      Nesta indagação – vejam como é ruim questionar! – acabamos por dar uma virada prodigiosa na roleta da ciência. Ela veio revelar que aquela obviedade de sermos um povo de segunda classe não podia mesmo se manter, porque escondia uma outra obviedade mais óbvia ainda. Esta nova verdade nos assustou muito, levamos tempo para engolir a novidade. Sobretudo nós, bonitos. Falo da descoberta de que a causa real do atraso brasileiro, os culpados de nosso subdesenvolvimento somos nós mesmos, ou melhor, a melhor parte de nós mesmos: nossa classe dominante e seus comparsas. Descobrimos também, com susto, à luz dessa nova obviedade, que realmente não há país construído mais racionalmente por uma classe dominante do que o nosso. Nem há sociedade que corresponda tão precisado aos interesses de sua classe dominante como o Brasil. 

      Assim é que, desde então, lamentavelmente, já não há como negar dois fatos que ficaram ululantemente óbvios. Primeiro, que não é nas qualidades ou defeitos do povo que está a razão do nosso atraso, mas nas características de nossas classes dominantes, no seu setor dirigente e, inclusive, no seu segmento intelectual. Segundo, que nossa velha classe tem sido altamente capaz na formulação e na execução de projeto de sociedade que melhor corresponde a seus interesses. Só que este projeto para ser implantado e mantido precisa de um povo faminto, chucro e feio.

      Nunca se viu, em outra parte, ricos tão capacitados para gerar e desfrutar riquezas, e para sub-julgar o povo faminto no trabalho, como os nossos senhores empresários, doutores e comandantes. Quase sempre cordiais uns para com os outros, sempre duros e implacáveis para com subalternos, e insaciáveis na apropriação dos frutos do trabalho alheio. Eles tramam e retramam, há séculos, a malha estreita dentro da qual cresce, deformado, o povo brasileiro. Deformado e constrangido e atrasado. E assim é, sabemos agora, porque só assim a velha classe pode manter, sem sobressaltos, este tipo de prosperidade de que ela desfruta, uma prosperidade jamais generalizável aos que a produzem com o seu trabalho, mas uma prosperidade sempre suficiente para reproduzir, geração após geração, a riqueza, a distinção e a beleza de nossos ricos, suas mulheres e filhos.

      Por esta razão, é que a segunda parte desta minha fala será o elogio da classe dominante brasileira. O que aspiramos, objetivamente, é retratá-la aqui em toda a sua alta competência. Mais até do que competente, acho que ela é façanhuda, porque fez coisas tão admiráveis e únicas ao longo dos século, que merece não apenas nossa admiração, mas também nosso espanto…

Continue a leitura AQUI 

Informações sobre o curso EJA UFMG

Publicado: terça-feira, 19 julho 2011, 17:46:39 em FORMAÇÃO

Professores,

As inscrições do curso de aperfeiçoamento em EJA da UAB/UFMG  enviadas ao endereço oliveiradjs@gmail.com (do coordenador da EJA em Itabira) foram realizadas. As declarações solicitadas pelo NEGEC foram postadas (upload) no site desse núcleo.

Para vocês conferirem como está a inscrição e a postagem da declaração, favor acessar a página http://www.negec.net.br/eja/ com seu CPF. POsteriormente, confira sua inscrição, clique em EDITAR CADASTRO e modifique sua senha (atualmente todas as senhas são os últimos numeros do CPF). Após a alteração do CPF, volte à página http://www.negec.net.br/eja/confirmacaoaluno e clique em UPLOAD DE DECLARAÇÃO EJA (http://www.negec.net.br/login) e depois em “Upload de trabalhos acadêmicos“. Confira se sua declaração está postada.

AVISOS:

Vá em http://www.negec.net.br/eja/confirmacaoaluno e depois em EDITAR INSCRIÇÂO. Confira se a cidade Polo que você escolheu está correta. Isso é muito importante.

Qualquer dúvida ou problema, entre em contato no oliveiradjs@gmail.com

Att.

Coordenação EJA Itabira.

CURSO EaD UAB UFMG EJA GRATIS Até 11/07

Publicado: quinta-feira, 07 julho 2011, 23:26:19 em FORMAÇÃO
Prezados, 

Clique aqui para baixar a ficha de inscrição para o Curso de Aperfeiçoamento a distância pela UFMG (UAB), anunciado no encontro,  que terá a duração de 6 meses e terá como polo o Itec de Itabira.

Para fazer a inscrição, deve-se preencher a ficha e enviá-la para meu email até dia 11 de julho às 12hs, pois tenho que repassar todas as informações para uma planilha e depois enviar à UFMG. É importante reforçar que será necessária uma declaração da direção da escola onde o profissional trabalha dizendo que ele atua na escola e da concordância da direção com a participação no curso (modelo). Escanear essa declaração assinada e enviá-la para o meu email (oliveiradjs@gmail.com).
Os campos da ficha de inscrição referentes à “código de turma, do usuário e curso” podem ser deixados em branco. Quaisquer outras dúvidas, favor entrar em contato, por esse email ou pelo 87173264 (ligando ou enviando uma mensagem).
Não é necessário estar trabalhando atualmente na EJA (alfabetização ou séries finais). Basta ter interesse. É necessário ter uma graduação.


Carga horária: 180 h


Início: talvez setembro ou outubro (foi o que me informaram)

É importante todos* fazerem a inscrição, mesmo que não tenham certeza que realizarão o curso, já que o curso só será disponibilizado caso Itabira e região tenha alcançado um número mínimo de alunos. 

FAVOR DIVULGAR PARA TODAS E TODOS QUE SE INTERESSAM PELO TEMA, MESMO PROFISSIONAIS DE OUTRAS CIDADES! 

NÃO DEIXE PRA SE INSCREVER NO ÚLTIMO DIA! IMPREVISTOS SEMPRE ACONTECEM!

MAIS EM http://freire.mec.gov.br/index/principal/

 

MEC abre período de indicação/inscrição de professores da rede pública de educação básica para cursos de formação continuada

O Ministério da Educação, em parceria com as Instituições Públicas de Ensino Superior, está ofertando cursos de aperfeiçoamento, extensão e especialização. Os cursos de formação continuada são destinados aos professores em exercício das escolas públicas estaduais e municipais que tenham sido registrados no Censo Escolar de 2009 ou no Censo Escolar de 2010. O processo de indicação/inscrição nestes cursos será realizado através da Plataforma Freire.

Os cursos de formação continuada ofertados se encontram divididos em duas categorias: extensão e aperfeiçoamento; e especialização. Os cursos de aperfeiçoamento e os cursos de extensão têm a carga horária entre 30 horas e 220 horas. Já os cursos de especialização, também chamados cursos de pós-graduação lato sensu, têm duração mínima de 360 horas.

Cursos de extensão e aperfeiçoamento

O processo de inscrição de professores da rede pública de educação básica nos cursos de extensão e aperfeiçoamento sofreu algumas mudanças. Agora a indicação dos professores para estes cursos é realizada pelo Diretor de sua escola. Observe ocronograma e o responsável por cada uma das fases.

a) Validação dos nomes dos diretores (responsável: Secretários de Educação): – a partir de 11/05/2011 por tempo indeterminado – Os Secretários de Educação devem confirmar ou alterar a lista de diretores de cada escola do seu município/estado na Plataforma Freire.

b) Indicação dos professores aos cursos de formação continuada pelos diretores: (responsável: Diretores de Escola): – 16/05/2011 até 03/06/2011 – Indicação dos professores para os cursos de formação continuada por parte do Diretor da Escola.

c) Professor confirma ou não o interesse em fazer o curso para qual foi indicado pelo Diretor da Escola (responsável: Professor): – 23/05/2011 até 05/06/2011 – o professor deve confirmar se tem interesse ou não em realizar o curso para o qual foi indicado pelo Diretor da Escola.

d) Validação da indicação do professor pelo Secretário de Educação (responsável: Secretário de Educação) – 06/06/2011 até 16/06/2011 – é o período de validação, pelos Secretários de Educação, das indicações dos professores nos cursos de aperfeiçoamento e extensão. O Secretário deve ter o cuidado de somente validar as pré-inscrições daquele número de professores que ele efetivamente poderá ceder e apoiar para realização dos cursos.

e) Universidades visualizam a lista de professores validados para cada um de seus cursos (responsável: Ministério da Educação): – a partir de 18/06/2011 – estará disponível para as Universidades e Institutos de Ensino Superior, na Plataforma Freire, a lista de professores validados para os cursos de formação continuada

http://freire.mec.gov.br/previsaooferta/relatoriopdf/page/4/offset/15/

 

INSTITUIÇÃO
ÁREA DE ATUAÇÃO
CURSO
MODALIDADE
TIPO DE FORMAÇÃO
UF
MUNICÍPIO
PERÍODO DE OFERTA
QTDE. DE VAGAS
QTDE. SOLIC.
QTDE. INDICAÇÕES ACEITAS
QTDE. INDICAÇÕES RECUSADAS
%

Universidade Federal de Minas Gerais Outras disciplinas pedagógicas, Disciplinas voltadas à diversidade sócio-cultural (Disciplinas pedagógicas) EJA Curso de formação continuada em educação de jovens e adultos Semipresencial Formação Continuada – extensão/aperfeiçoamento MG ITABIRA 2 Semestre 2011 60 2 0 0 3.33
Universidade Federal de Minas Gerais Disciplinas voltadas à diversidade sócio-cultural (Disciplinas pedagógicas), Outras disciplinas pedagógicas EJA Educação de Jovens e Adultos na Diversidade Formação de profissionais da educação e professores acerca das estratégias metodológicas para jovens e adultos A distância Formação Continuada – extensão/aperfeiçoamento MG ITABIRA 2 Semestre 2011 50 4 2 0 8.00

ITABIRA NO 33º FÓRUM EJA LESTE MINAS (TIMÓTEO/MG)

Publicado: sábado, 21 maio 2011, 20:03:18 em FORMAÇÃO

Na noite desta sexta 20 de maio professoras dos 1º e 2º segmentos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o coordenador dessa modalidade no município de Itabira participaram do 33º Fórum De EJA do Leste de Minas, que aconteceu na acolhedora cidade de Timóteo/MG (a 100 km de Itabira).

O Fórum teve dois momentos, sendo que o primeiro abarcou a recepção e a abertura do evento, onde ocorreram belas apresentações de estudantes jovens e adultos de Timóteo.

O segundo momento foi marcado por boas rodas de conversações entre as áreas do saber (geografia, português, alfabetização, matemática, artes, etc). Para as professoras de Itabira que participaram do Fòrum, a partilha de saberes e o conhecimento das outras realidades da EJA  nos municípios mineiros foram importantes momentos de formação e de aprendizado.

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Veja e baixe fotos na pág. do Fórum Leste no Orkut
http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=9537806490764893467&aid=1305624468

Para o especialista inglês, é desafio da modalidade de ensino preparar para o mercado de trabalho e um mundo em transformação

Paula Sato (novaescola@atleitor.com.br)

Foto: Cristiano Mariz
TIMOTHY IRELAND  “Hoje sabemos do valor da aprendizagem contínua em todas as fases da vida, não só na infância e na juventude.” Foto: Cristiano Mariz

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) ainda é vista por muitos como uma forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na infância ou aqueles que por algum motivo tiveram de abandonar a escola. Felizmente, o conceito vem mudando e, entre os grandes desafios desse tipo de ensino, agora se inclui também a preparação dos alunos para o mercado de trabalho – o que ganha destaque nestes tempos de crise econômica. “Hoje sabemos do valor da aprendizagem contínua em todas as fases da vida, e não somente durante a infância e a juventude”, afirma o inglês Timothy Ireland, mestre e doutor na área e especialista em Educação da representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil.

Diretor do Departamento de EJA do Ministério da Educação (MEC) de 2004 a 2007, Ireland foi o responsável pela coordenação da sexta edição da Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea), o mais importante encontro do mundo na área, que ocorre apenas a cada 12 anos. Sediado em Belém do Pará entre os dias 19 e 22 de maio, o evento foi realizado pela primeira vez na América Latina. Nesta entrevista, concedida à NOVA ESCOLA antes do início da conferência, Ireland apresenta um panorama de sua área e fala das principais questões que preocupam os estudiosos e dos desafios ainda a vencer.

Quando o assunto é EJA, se pensa em primeiro lugar na alfabetização. Essa é a função principal dela? 
TIMOTHY IRELAND A alfabetização é uma parte fundamental, mas não é a única. No Brasil, a EJA tem sido associada à escolaridade compensatória para pessoas que não conseguiram ir para a escola quando crianças, o que é um erro. A Unesco trabalha com o conceito dos quatro pilares, surgido do desafio apresentado por um mundo em rápida transformação: precisamos aprender a ser, a viver juntos, a fazer e a conhecer. Também há o desafio da participação, da inclusão e da equidade: como colocar em prática o conceito da inclusão, que prevê o atendimento das demandas de aprendizagem da vasta diversidade de grupos. O Brasil tem segmentos com características bem definidas, como os povos indígenas, as comunidades quilombolas, as pessoas mais velhas. Todos têm direito à Educação.

O que gerou tantas transformações nessa modalidade de ensino?
IRELAND 
Isso ocorreu porque a Educação tem de acompanhar as mudanças que estão acontecendo e interagir com elas. O processo educativo, idealmente, começa na infância e termina somente na velhice. Dessa forma, a EJA tem de ser vista numa perspectiva mais ampla, dentro do conceito de Educação e aprendizagem que ocorre ao longo da vida.

O que essa aprendizagem contínua contempla?
IRELAND 
O processo tem três dimensões: a individual, a profissional e a social. A primeira considera a pessoa como um ser incompleto, que tem a capacidade de buscar seu potencial pleno e se desenvolver, aprendendo sobre si mesmo e sobre o mundo. Na profissional, está incluída a necessidade de todas as pessoas se atualizarem em sua profissão. Um médico, um engenheiro, um físico, todos os profissionais precisam se requalificar. Em momentos de crise, como o atual, isso fica ainda mais necessário. É comum o trabalhador ter de aprender um novo ofício para se inserir no mercado. Na social (que é a capacidade de viver em grupo), um cidadão, para ser ativo e participativo, necessita ter acesso a informações e saber avaliar criticamente o que acontece. Além dessas, há outra dimensão de aprendizagem muito pertinente neste momento: a relação das pessoas com o meio ambiente. Todos nós temos a necessidade de nos reeducarmos no que se refere a essa questão. Precisamos praticar novos paradigmas de sustentabilidade e novos hábitos de consumo.

(mais…)

Série de Reportagens do JN (Jornal Nacional) sobre EDUCAÇÃO!

Publicado: sexta-feira, 13 maio 2011, 23:40:21 em FORMAÇÃO

O JORNAL NACIONAL fez essa semana uma série de reportagens abordando o tema EDUCAÇÃO.

Para acompanhar as reportagens, o JN postou em sua página os vídeos que foram veiculados na TV (http://g1.globo.com/jornal-nacional/)

CONFIRA AQUI: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/05/apenas-25-dos-brasileiros-sao-plenamente-alfabetizados.html

Apesar de essenciais,professores brasileiros são desprestigiados

JN ESPECIAL:

http://g1.globo.com/platb/jnespecial

NOVAS IDEIAS: http://g1.globo.com/platb/jnespecial/2011/05/13/novas-ideias/

FLAGRANTES DO ATRASO: http://g1.globo.com/platb/jnespecial/2011/05/13/flagrante-do-atraso/ 

TEMPOS DE ESCOLA: http://g1.globo.com/platb/jnespecial/2011/05/12/tempos-de-escola/

ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA: http://g1.globo.com/platb/jnespecial/2011/05/12/so-com-envolvimento-da-familia-a-educacao-melhora/

VENCER A INÉRCIA: http://g1.globo.com/platb/jnespecial/2011/05/11/vencer-a-inercia/

A EXCEÇÃO: http://g1.globo.com/platb/jnespecial/2011/05/09/a-excecao/

Abaixo segue um dos textos que acompanham as reportagens:

POR DENTRO DO ANALFABETISMO

seg, 09/05/11
por redacao jn |
categoria Sem Categoria

Entenda os diferentes níveis de alfabetização:

ANALFABETISMO – Corresponde à condição dos que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases – ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares (números de telefone, preços etc.);

ALFABETISMO RUDIMENTAR – Corresponde à capacidade de localizar uma informação explícita em textos curtos e familiares (como um anúncio ou pequena carta), ler e escrever números usuais e realizar operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias ou fazer medidas de comprimento usando a fita métrica;

ALFABETISMO BÁSICO – As pessoas classificadas neste nível podem ser consideradas funcionalmente alfabetizadas, pois já leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo que seja necessário realizar pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade. Mostram, no entanto, limitações quando as operações requeridas envolvem maior número de elementos, etapas ou relações;

ALFABETISMO PLENO (só 25% dos brasileiros!) – Classificadas neste nível estão as pessoas cujas habilidades não mais impõem restrições para compreender e interpretar textos em situações usuais: leem textos mais longos, analisando e relacionando suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada, mapas e gráficos.

Fonte: INAF 2009/Instituto Paulo Montenegro (população de 15 a 64 anos)

33º FÓRUM DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Publicado: sexta-feira, 13 maio 2011, 23:08:51 em FORMAÇÃO

33º FÓRUM DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DO

LESTE DE MINAS GERAIS


 
TIMÓTEO 

Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” Paulo Freire

 

Tema: Práticas Curriculares Significativas

 Data: 20/05/2011

Horas: 18:00h.

Local: CECMG – Centro Educacional Católico de Minas Gerais – Timóteo

Avenida Monsenhor Rafael, 4A – Timirim, Timóteo – MG, 35180-312

 VAN SAIRÁ DE ITABIRA ÀS 15H E RETORNARÁ DE TIMÓTEO ÀS 21H, CHEGANDO NA CIDADE ÀS 23H. CONVERSE COM O COORDENADOR DA EJA DE SUA ESCOLA!

PROGRAMAÇÃO

 

18h. às 18h:30: Credenciamento

18h:30 às 19h:30: Abertura e apresentações

19h:30 as 22h:  Rodas de conversa

 RODAS DE CONVERSA E MEDIADORES

– Português: Silvia (Coronel Fabriciano)

– Matemática: Célia (Coronel Fabriciano)

– Geografia e História: Regina e Célio

– Ciências: Tânia e Ana Paula

– Arte: Fátima Fiálho

– Inglês: Fátima Leandro e Costa

– Ed. Física:  Delano, Angélica e Vilma ( Ipatinga )

– Inclusão: Sandra e Vandalci

– Multiseriada: Andréia (Coronel Fabriciano)

– Alfabetização A: Eliene e Ângela Gandini

– Alfabetização B: Helena e Consola

– Psicopedagogia: Rozário e Marli (Novo Tempo)

Outras informações e inscrições pelo telefone: 3847-1427

ou pelo e-mail:ejatimoteo@gmail.com